domingo, 29 de abril de 2012

HOMENAGEM A ENRICO CARUSO 


por  LUCIO DALLA





Enrico Caruso (Nápoles, 25 de fevereiro de 1873 — Nápoles, 2 de agosto de 1921) foi um tenor italiano, considerado, inclusive pelo ilustre Luciano Pavarotti, o maior intérprete da música erudita de todos os tempos.

                                                                                         ENRICO CARUSO


CARUSO

Escrita por Lucio Dalla no verão de 1986 e publicada em outubro desse mesmo ano no álbum "DallAmeriCaruso".


Lúcio Dalla teve seu barco quebrado em Sorrento, (Italia) e para poder hospedar-se havia disponível somente um luxuoso apartamento no Grand Hotel Excelsior Vittoria, onde o famoso tenor italiano Enrico Caruso havia vivido os dois últimos meses de sua vida e no qual foram conservados intactos seus livros, suas fotografias e seu piano. 



Ângelo, que tinha um bar no porto, contou a Lúcio esta história... e ele a presenteou ao mundo como música.





Caruso estava doente de câncer na garganta e sabia que tinha os dias contados, mas isso não o impedia de dar lições de canto a uma jovem de quem estava enamorado.







Uma noite de muito calor não quis renunciar em cantar para ela que o olhava com admiração, então mesmo estando mal, fez levarem o piano ao terraço que dava para o porto e começou a cantar uma apaixonada declaração de amor e sofrimento.



Sua voz era potente e os pescadores, ouvindo-o, regressaram ao porto e ficaram ancorados sob o terraço.


As luzes das barcas eram tantas que pareciam estrelas ou talvez as luzes dos arranha céus de Nova York...




Caruso não perdeu as forças e continuou cantando mergulhado nos olhos da moça apoiada ao piano.



Essa noite seu estado piorou.



Dois dias mais tarde, 2 de agosto de 1921, morria aos 48 anos em Nápoles, cidade em que havia nascido em 25 de fevereiro de 1873.



Esta canção narra o drama dessa noite...com luzes e sombras do passado... com morte e vida...



Um homem enfermo que busca nos olhos da mulher um futuro que já não existe...



Um testamento de amor...



Esse foi seu último concerto...



E esse seu excepcional público...o mar, as estrelas, os pescadores, as luzes das barcas e sua amada...





                             LUCIO DALLA

Lucio Dalla 
(Bolonha, 4 de março de 1943  Montreux, 1 de março de 2012) foi um cantor e compositor italiano.
Era também tecladista e clarinetista, sendo um dos mais célebres cantores italianos, considerando que sua carreira ultrapassou 50 anos de atividade artística.

Musicista cuja formação foi ao som de jazz, reconhecido então como autor de suas canções já numa fase madura, toca como clarinetista e saxofonista, e às vezes como tecladista.
A sua produção musical atravessou muitas fases, desde a estação beat à experimentação rítmica e musical, até a canção de autor, indo além do limite das letras e canções italianas.
Morreu aos 68 anos vítima de um enfarte.







"A gente não faz amigos, reconhece-os."

 (Vinícius de Moraes)





segunda-feira, 23 de abril de 2012

SAN GIORGIO CAPADÓCIA - 23 DE ABRIL





São Jorge (275 - 23 de abril de 303) foi, de acordo com a tradição, um padre e soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana). Também é venerado em diversos cultos das religiões afro-brasileiras, onde é sincretizado na forma de Ogum. É imortalizado no conto em que mata o dragão e também é um dos Catorze santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, sua memória é celebrada dia 23 de abril como também em 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele na Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do Imperador Romano Constantino I.

É o santo padroeiro em diversas partes do mundo: 
Inglaterra,  Portugal,  Geórgia,  Catalunha, Lituânia, da cidade de  Moscou  e, extra-oficialmente, da cidade  do  Rio de Janeiro  ( título oficialmente atribuído a São Sebastião), além de ser padroeiro dos  escoteiros, do S. C. Corinthians Paulista e da Cavalaria do Exército Brasileiro.

Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo. A devoção a São Jorge pode ter também suas origens na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd, o caçador de dragões.


HISTÓRIA

De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região do centro da Anatólia que, atualmente, faz parte da República da Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, Lida, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de Conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Nicomédia, exercendo a função de Tribuno Militar.
Nesse tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Jorge, ao ver que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.
O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os romanos deviam se converter ao cristianismo.


Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um Cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."
Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia (Ásia Menor).


                                    Basílica de São Jorge em Veneza - Itália

Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.
Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.

                                                Basílica San Giorgio

Disseminação da devoção a São Jorge

 

Na Itália, era padroeiro da cidade de Gênova. Frederico III da Alemanha dedicou a ele uma Ordem Militar. Desde Dom Nuno Álvares Pereira, o santo é reconhecido como padroeiro de Portugal e do Exército. Na França, Gregório de Tours era conhecido por sua devoção ao Santo Cavaleiro; o Rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, mandou erguer várias igrejas e conventos em sua honra. A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante.
O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Jarreteira, fundada por ele em 1330. Por considerá-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o rei inglês Ricardo I, comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam reconquistar a Terra Santa dos muçulmanos. No século XIII, a Inglaterra já celebrava o dia dedicado ao santo e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos, que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira.
Ainda durante a Grande Guerra, muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos de guerra.
As artes, também, divulgaram amplamente a imagem do santo. Em Paris, no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael, intitulado São Jorge vencedor do Dragão. Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria de Donatello.
A imagem brasileira de São Jorge seria, possivelmente, de autoria de Martinelli.

 Fonte : Wikipédia - Google


sexta-feira, 20 de abril de 2012

ARQUEOLOGIA ITALIANA


Arqueólogos Italianos descobriram túmulo do APÓSTOLO FELIPE.



Os arqueólogos asseguram que se trata do túmulo do apóstolo Felipe, um dos 12 discípulos que acompanharam Jesus.

A descoberta aconteceu em Pamukkale, antiga Hierápolis, em Anatólia Ocidental (Turquia), cidade em que Felipe morreu, depois de ter pregado na Grécia e na Ásia Menor.

A descoberta foi realizada pela missão arqueológica italiana empreendida desde 1957, composta hoje por uma equipe internacional, dirigida desde o ano 2000 por Francesco D’Andria, professor da Universidade de Salento.

Um resultado importante na busca da tumba de São Felipe – recorda L’Osservatore Romano –, já tinha sido alcançado em 2008, quando a equipe encontrou a rua que os peregrinos percorriam para chegar ao sepulcro do apóstolo. Agora se chegou a esta nova meta.


“Junto ao Martyrion (edifício de culto octogonal, construído no lugar onde Felipe foi martirizado), encontramos uma basílica do século V de três naves”, explica o diretor da missão.

“Esta igreja foi construída ao redor de um túmulo romano do século I, que evidentemente gozava da máxima consideração, já que mais tarde se decidiu edificar ao seu redor uma basílica. Trata-se de uma tumba em forma de nicho, com uma câmara funerária.”

Colocando em relação esses e muitos outros elementos, “chegamos à certeza de ter encontrado a tumba do apóstolo Felipe, que era meta de peregrinação a este lugar”, afirma D’Andria.

No século IV, Eusebio de Cesareia escreveu que duas estrelas brilhavam na Ásia: João, sepultado em Éfeso, e Felipe, “que descansa em Hierápolis”.


São Filipe, reconhecido como um dos mártires do cristianismo, deve ter morrido em Hierapolis, segundo cientistas, por volta de 80 d.C. Acredita-se que tenha sido crucificado de cabeça para baixo, ou decapitado. O nome Hierapolis significa “cidade sagrada”.

A questão ligada à morte do apóstolo suscita controvérsia. Segundo uma antiga tradição, de fato, ele não teria morrido martirizado. Já os evangelhos apócrifos contam que ele teria sofrido martírio sob os romanos.


Fonte : Zenit




São Felipe, o apóstolo

De acordo com São João, evangelista (1:43-51) Felipe veio de Bethsaida , a cidade de André e seu irmão Pedro e pertencia ao grupo de discipulos que acompanhavam São João Batista. 





Felipe estava presente quando João indicou Jesus como o "Cordeiro de Deus". 

Cristo chamou Felipe de discípulo no dia seguinte a escolher André e Pedro como seus discípulos. 

Nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas todos se referem a Felipe na sua lista usualmente colocando-o no quinto lugar logo após Pedro, André, Tiago e João. O evangelho de João oferece mais informação sobre o discípulo mencionando Felipe no episódio de alimentar as multidões (6:5-7), o desejo de varios Gregos de conhecerem e encontrarem Jesus (12:21-23) e a memorável conversa dele com Jesus quando Filipe disse :


 "Senhor, mostrai a nós o Pai e isto será o suficiente para nós" par a o que Jesus respondeu: "Estou tão longe de voce, por tanto tempo que voce ainda não me reconhece, Felipe? Todo aquele que me vê, está vendo o Pai!...."

Tinha uma agradável personalidade, mas era um discípulo hesitante em forçar o seu ponto de vista ao outros. Poucos detalhes se conhece das atividades de Felipe após a Ascensão do Senhor . Uma certa confusão ocorre entre Felipe, o Apostolo e Felipe o Evangelista mencionado no capitulo oitavo dos "Atos dos Apóstolos" . 



São Eusébio e outros escritores e estudiosos preservaram tradições variadas sobre a vida de Felipe após a morte de Jesus. Ele supostamente pregou em Phyygia, na Ásia Menor, Clemente da Alexandria informa que Felipe morreu como um martir durante o reinado do imperador Domitian (81-96) sendo crucificado de cabeça para baixo ou talvez teria morrido em Hierapolis na Ásia Menor. As suas duas filhas foram mencionadas por Polycrates, bispo de Ephesus e muito reverenciadas nos primeiros anos da igreja católica.


Cumpre notar que Ephesus, hoje Efesos é uma cidade na Turquia quase limite com a Grécia, onde São João viveu seus últimos anos e aonde teria escrito o quarto evangelho e ainda onde teria vivido os seus últimos dias a Virgem Maria. 

A festa de São Felipe é celebrada no dia 3 de maio.